Previsões Imprevisíveis pt. 1
Daqui a 10 ou 20 anos, quando os críticos musicais revirem o ambiente da virada dos anos 90 para os 2000, serão eleitos como os grandes revolucionários não Radiohead, Strokes ou uma banda indie qualquer, mas Justin Timberlake, Britney Spears e Jay-Z, entre outros.
Mas por que, oraculo? Simples... em toda a história recente da indústria cultural os artistas vistos como simples bobagens comercialóides para a multidão de adolescentes consumidores viraram exemplo de evolução não só musical, mas cultural, comportamental e outros tais do ramo. Como exemplos, posso citar Frank Sinatra, Elvis Presley, Michael Jackson, Prince e, principalmente, os Beatles, provavelmente - para não dizer sem dúvida - a banda mais importante do século XX, formatadora da indústria pop como é conhecida.
Em termos estritamente musicais, os pesquisadores terão descoberto nos artistas citados mais acima a perfeita mistura do POP - e me parece bastante óbvio que não estou aqui falando de jazz nem nada do porte - com ritmos iminentes no cenário musical - eletrônica, hip-hop, elementos latinos, etc. -. Bandas como Backstreet Boys (ah! os intrincados arranjos vocais!) ou J-Lo (ah! o suíngue!) talvez ganhem o status de cult, como os Monkees hoje em dia. Vejam bem, não estou falando de gosto pessoal, mas de influência futura.
Se hoje em dia já há uma reconsideração dos determinados artistas - entre as canções preferidas do Pitchfork no ano estão Toxic e Yeah! - com o tempo ela será total, e nós, coroas, teremos duas opções: fingir que gostamos desde o início ou dizer que no nosso tempo a música era muito superior. Caro leitor, escolha o seu lado da moeda.
escrito ao som de John Coltrane - My Favorite Things
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